quarta-feira, 17 de abril de 2013

                                                                          O santuário da Eterna Aliança de Sobradinho-df fica 
                                                                           em local privilegiado pela natureza                       



ETERNA ALIANÇA
Santuário de Sobradinho revela presença de Nossa Senhora

Imagens de Hóstia, Cálice, do Rosário, de figuras humanas e cenas bíblicas são vistas o olho nu, na gruta do horto florestal

Por José Edmar Gomes
Quem passa pelas imediações do Horto Florestal de Sobradinho não imagina que, depois da mata que cerca o lugar, se esconde um tesouro. Ali, às margens de uma nascente em meio à mata ciliar, está situado o Santuário da Eterna Aliança, por inspiração de Nossa Senhora do Arco-íris.
O local é de rara beleza natural, com flores e vegetação exuberantes que escondem a singela capelinha e a serena gruta adornada por pedras, onde corre água cristalina. É nesse ambiente que Nossa Senhora do Arco-íris continua a manifestar-se à missionária Nana (serva de Nossa Senhora, como ela gosta de ser chamada), que cuida do local desde sua fundação, em 31 de outubro de 1994).
Domicília Viegas, a Nana, é uma senhora de voz mansa e aparência frágil, que traz no rosto a preocupação de quem carrega as dores do mundo, a partir do momento em que foi encarregada pela Mãe de Deus de divulgar Suas mensagens e advertências aos cristãos dos dias de hoje.
Tudo começou em um sítio de Vila Caiçara, em Frederico Westphalen-RS, quando Nana tinha apenas três anos. Ela era a décima filha de uma família de 12 irmãos, cujos pais eram humildes agricultores católicos. Ao buscar água na fonte, num certo dia de maio de 1948, aconteceu o primeiro fenômeno.
Ao deitar a vasilha na lâmina d’água de espessura de dois metros, a pequena Nana fora arrastada para o fundo e, imediatamente,resgatada por uma bela criança, que sorriu para ela e desapareceu. Tempos depois, Nana compreendeu que se tratava do seu Anjo da Guarda.
No dia 8 do mesmo mês, Nana se depara com a aparição que iria marcar sua vida para sempre. Quando se encontrava no pátio da casa, brincando com os irmãos, entre 17 e 18 horas, a futura missionária - e apenas ela – vira um clarão na direção da fonte e foi atraída para lá por uma força inexplicável.
Quando deu por si, já estava à beira da fonte, sobre a qual pairava a majestosa figura da Virgem Santíssima, trajando vestido branco brilhante, sob manto azul e véu, que descia e se fundia às “nuvens” em que se transformaram as águas da fonte.
A Santa Senhora trazia uma criança em seu braço esquerdo e um arco-íris adornava sua cabeça. Ela estendeu a mão direita e chamou a pequena Nana para Si, tocou sua fronte e disse: Salve, Minha pequena serva!
Neste momento, o grito de Helena, irmã de Nana, que a procurava, interrompeu o colóquio. Antes, porém, Nossa Senhora mergulhara Sua pequena serva na fonte para molhar suas roupas e fazer parecer que ela brincara com água.
Após esse dia, sua mãe passou olhá-la de forma diferente, com mais preocupação e a rezar o terço com mais freqüência.
Gruta – Após esses episódios, nada mais aconteceu até que Nana fizesse a primeira comunhão e sentisse um forte abraço, no momento de sua consagração a Nossa Senhora do Carmo. A família se mudara, então, para Tenente Portela, onde Nana se casou aos 18 anos e foi morar em Porto Alegre e, depois, em Ijuí, onde deu à luz a terceira filha.
A uns cem metros da casa de Nana, em Tenente Portela, passava um rodovia cortada pela estrada de ferro. Ali ocorriam freqüentes acidentes. No último deles, Nana viu uma família de cinco  pessoas perder a vida.
 E foi justamente ali, acima da rodovia, que Nossa Senhora voltou a aparece a sua “pequena serva”. A Virgem pediu a Nana que construísse uma capela na cidade, rezasse o terço e registrasse Suas mensagens por escrito. Após isso, nenhum acidente grave voltou a ocorrer no local.
Nessa época, Nana se recuperava da cesariana e passava o dia apenas com sua filha recém-nascida, pois seu marido saia para trabalhar e as outras crianças iam para a escola.
Ela cuidava da casa e costurava para ajudar no orçamento. Os seus dias, no entanto, eram preenchidos pela amável presença da Virgem, que a ajudava nos afazeres da cozinha e, depois, a encaminhava ao quarto, onde rezavam diante do oratório.
“Nossa Senhora rezava o Credo pausadamente, professando fé na Santíssima Trindade, e, depois, o Pai Nosso. Eu rezava a Ave-Maria e o Glória. Ela inclinava a cabeça com profundo respeito”, revela Nana. 
A missionária explica que estas visitas eram freqüentes e, invariavelmente, seguidas pela súplica: “Filha, preciso de ti”, por três vezes. “Ao se elevar aos Céus, Nossa Senhora deixava um imenso clarão no ambiente, que gostaria que nunca se dissipasse, pois me trazia sensações muito agradáveis”, confessa a hoje missionária.Apesar de se sentir confortável com as visitas de Nossa Senhora à sua casa, a missionária não sabia o que fazer para atender as súplicas da Mãe de Deus, pois não se julgava apta para tanto. “Eu não tinha estudo, só freqüentei escola até a sexta série, pouco conhecia das aparições de Fátima, de Lourdes e pouco lia a Bíblia”, explica.
Pedra bruta – “Quando a Luz desaparecia, eu me via só com minha pobreza material e espiritual, não entendia o que se passava. Eu era uma pedra bruta, embora fosse católica praticante, não sabia o que fazer”.
Nas próximas aparições, a Virgem já veio chorando e repetia a súplica com voz, cada vez, mais cansada, deixando Nana em grande aflição. “Até que um dia, Ela veio banhada em grossas lágrimas e repetiu, por três vezes, : ‘Filha, preciso de ti’ e começou a se elevar . Eu me sentia mortificada e, antes que Ela se retirasse, encontrei forças para dizer: ‘Mãezinha, a Sra. é a Mãe de Deus, eu sou apenas uma mãe de família. Tenho que cuidar dos filhos e do marido. Não tenho voz, sou muito tímida’...”
Nana afirma que Nossa Senhora ouvira suas palavras, pacientemente, como se já soubesse de tudo e disse: “Deem-me o primeiro passo e Eu vos ajudarei”. (“Assim, mesmo, no plural”, observa a missionária).
Nana respondeu, então: -Se é assim, Mãezinha, aqui estou. “Nesse instante, sua expressão mudou, as lágrimas secaram e o manto, que estava todo molhado, também secou e Ela se elevou aos Céus, sorrindo. Este foi o meu Sim à Mãe de Deus”.
Tempos depois, em oração, a missionária foi envolvida por uma chama muito quente. Após o que, sua voz mudou para melhor e ela pôde se dirigir com segurança às pessoas. 




                                                        O Segundo Santuário da Eterna Aliança fica no Horto Florestal de Sobradinho-DF
                                                        , onde a Serva Nana convida todos à oração. FOTO: GILBERTO NASCIMENTO                                   

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