em local privilegiado pela natureza
ETERNA ALIANÇA
Santuário de Sobradinho revela
presença de Nossa Senhora
Imagens de Hóstia,
Cálice, do Rosário, de figuras humanas e cenas bíblicas são vistas o olho nu,
na gruta do horto florestal
Por José Edmar Gomes
Quem passa
pelas imediações do Horto Florestal de Sobradinho não imagina que, depois da
mata que cerca o lugar, se esconde um tesouro. Ali, às margens de uma nascente
em meio à mata ciliar, está situado o Santuário da Eterna Aliança, por
inspiração de Nossa Senhora do Arco-íris.
O local é de
rara beleza natural, com flores e vegetação exuberantes que escondem a singela
capelinha e a serena gruta adornada por pedras, onde corre água cristalina. É
nesse ambiente que Nossa Senhora do Arco-íris continua a manifestar-se à
missionária Nana (serva de Nossa Senhora, como ela gosta de ser chamada), que
cuida do local desde sua fundação, em 31 de outubro de 1994).
Domicília
Viegas, a Nana, é uma senhora de voz mansa e aparência frágil, que traz no
rosto a preocupação de quem carrega as dores do mundo, a partir do momento em
que foi encarregada pela Mãe de Deus de divulgar Suas mensagens e advertências
aos cristãos dos dias de hoje.
Tudo começou
em um sítio de Vila Caiçara, em Frederico Westphalen-RS, quando Nana tinha
apenas três anos. Ela era a décima filha de uma família de 12 irmãos, cujos
pais eram humildes agricultores católicos. Ao buscar água na fonte, num certo
dia de maio de 1948, aconteceu o primeiro fenômeno.
Ao deitar a
vasilha na lâmina d’água de espessura de dois metros, a pequena Nana fora arrastada
para o fundo e, imediatamente,resgatada por uma bela criança, que sorriu para
ela e desapareceu. Tempos depois, Nana compreendeu que se tratava do seu Anjo
da Guarda.
No dia 8 do
mesmo mês, Nana se depara com a aparição que iria marcar sua vida para sempre.
Quando se encontrava no pátio da casa, brincando com os irmãos, entre 17 e 18
horas, a futura missionária - e apenas ela – vira um clarão na direção da fonte
e foi atraída para lá por uma força inexplicável.
Quando deu
por si, já estava à beira da fonte, sobre a qual pairava a majestosa figura da
Virgem Santíssima, trajando vestido branco brilhante, sob manto azul e véu, que
descia e se fundia às “nuvens” em que se transformaram as águas da fonte.
A Santa
Senhora trazia uma criança em seu braço esquerdo e um arco-íris adornava sua
cabeça. Ela estendeu a mão direita e chamou a pequena Nana para Si, tocou sua
fronte e disse: Salve, Minha pequena serva!
Neste
momento, o grito de Helena, irmã de Nana, que a procurava, interrompeu o
colóquio. Antes, porém, Nossa Senhora mergulhara Sua pequena serva na fonte
para molhar suas roupas e fazer parecer que ela brincara com água.
Após esse
dia, sua mãe passou olhá-la de forma diferente, com mais preocupação e a rezar
o terço com mais freqüência.
Gruta – Após esses episódios, nada mais
aconteceu até que Nana fizesse a primeira comunhão e sentisse um forte abraço,
no momento de sua consagração a Nossa Senhora do Carmo. A família se mudara,
então, para Tenente Portela, onde Nana se casou aos 18 anos e foi morar em
Porto Alegre e, depois, em Ijuí, onde deu à luz a terceira filha.
A uns cem
metros da casa de Nana, em Tenente Portela, passava um rodovia cortada pela
estrada de ferro. Ali ocorriam freqüentes acidentes. No último deles, Nana viu
uma família de cinco pessoas perder a
vida.
E foi justamente ali, acima da rodovia, que
Nossa Senhora voltou a aparece a sua “pequena serva”. A Virgem pediu a Nana que
construísse uma capela na cidade, rezasse o terço e registrasse Suas mensagens
por escrito. Após isso, nenhum acidente grave voltou a ocorrer no local.
Nessa época,
Nana se recuperava da cesariana e passava o dia apenas com sua filha
recém-nascida, pois seu marido saia para trabalhar e as outras crianças iam
para a escola.
Ela cuidava
da casa e costurava para ajudar no orçamento. Os seus dias, no entanto, eram
preenchidos pela amável presença da Virgem, que a ajudava nos afazeres da
cozinha e, depois, a encaminhava ao quarto, onde rezavam diante do oratório.
“Nossa
Senhora rezava o Credo pausadamente, professando fé na Santíssima Trindade, e,
depois, o Pai Nosso. Eu rezava a Ave-Maria e o Glória. Ela inclinava a cabeça
com profundo respeito”, revela Nana.
A
missionária explica que estas visitas eram freqüentes e, invariavelmente,
seguidas pela súplica: “Filha, preciso de ti”, por três vezes. “Ao se elevar
aos Céus, Nossa Senhora deixava um imenso clarão no ambiente, que gostaria que
nunca se dissipasse, pois me trazia sensações muito agradáveis”, confessa a
hoje missionária.Apesar de se
sentir confortável com as visitas de Nossa Senhora à sua casa, a missionária
não sabia o que fazer para atender as súplicas da Mãe de Deus, pois não se
julgava apta para tanto. “Eu não tinha estudo, só freqüentei escola até a sexta
série, pouco conhecia das aparições de Fátima, de Lourdes e pouco lia a
Bíblia”, explica.
Pedra bruta – “Quando a Luz desaparecia, eu me via
só com minha pobreza material e espiritual, não entendia o que se passava. Eu
era uma pedra bruta, embora fosse católica praticante, não sabia o que fazer”.
Nas próximas
aparições, a Virgem já veio chorando e repetia a súplica com voz, cada vez,
mais cansada, deixando Nana em grande aflição. “Até que um dia, Ela veio
banhada em grossas lágrimas e repetiu, por três vezes, : ‘Filha, preciso de ti’
e começou a se elevar . Eu me sentia mortificada e, antes que Ela se retirasse,
encontrei forças para dizer: ‘Mãezinha, a Sra. é a Mãe de Deus, eu sou apenas
uma mãe de família. Tenho que cuidar dos filhos e do marido. Não tenho voz, sou
muito tímida’...”
Nana afirma
que Nossa Senhora ouvira suas palavras, pacientemente, como se já soubesse de
tudo e disse: “Deem-me o primeiro passo e Eu vos ajudarei”. (“Assim, mesmo, no
plural”, observa a missionária).
Nana
respondeu, então: -Se é assim, Mãezinha, aqui estou. “Nesse instante, sua
expressão mudou, as lágrimas secaram e o manto, que estava todo molhado, também
secou e Ela se elevou aos Céus, sorrindo. Este foi o meu Sim à Mãe de Deus”.
Tempos
depois, em oração, a missionária foi envolvida por uma chama muito quente. Após
o que, sua voz mudou para melhor e ela pôde se dirigir com segurança às
pessoas.
O Segundo Santuário da Eterna Aliança fica no Horto Florestal de Sobradinho-DF
, onde a Serva Nana convida todos à oração. FOTO: GILBERTO NASCIMENTO
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