quarta-feira, 17 de abril de 2013


ENTREVISTA NANA

Ela derramou raios de cristais coloridos e tocou minha fronte


Nesta entrevista, Nana conta como era sua vida na pequena Vila do Carmo, onde nasceu e viveu parte da infância. Fala  do primeiro contato com a Virgem Maria e com o Menino Jesus, antes de completar três anos de idade. Nana conta, também, as dificuldades trazidas pela geada que matava a plantação e deixava sua família com fome e frio e lamenta a separação do pai muito cedo, levado pelo álcool. A Serva de Nossa Senhora, relata ainda o  reencontro com a Virgem,  após 31 anos. Leia:   
ABELHINHA DO SENHOR - Quando a sra. viu  Nossa Senhora pela primeira vez?
Nana -  ANo dia 8 de maio de 1948, às 17h. Faltavam três dias para eu completar três anos de idade. Era dia de trabalho, o sol já estava baixinho, mas o Céu estava azul. Nós, as crianças, brincávamos no pátio, quando avistei uma nuvem, muito mais branca que as demais, se deslocando em direção à fonte. Sem pensar, comecei a segui-la de olhos fixos, sem temer  as cobras e pedras da trilha. Ao aproximar-me da mata mais fechada, próxima à fonte, parei porque e vi Nossa Senhora, linda e majestosa, com o Menino Jesus em seu braço esquerdo. Os dois estavam sobre a fonte coberta de nuvens, a me olhar. Em dado momento, a Mãe me chamava, abrindo e fechando a mão direita. Meus olhos não queriam desviar-se do Menino, mas obedeci  e fui ao Seu encontro e Ela retirou a mão direita do peito do Menino Jesus,  derramou raios de cristais coloridos e tocou a minha fronte, dizendo: Salve, Minha Pequena Serva! Em seguida, os dois entabularam um intenso diálogo e o Menino, mesmo sendo um pequeno bebê, mudava de expressão, conforme o andamento da conversa. Às vezes,  Ele ficava triste, sereno ou esboçava um sorriso. Desta conversa, não guardo nenhuma palavra. Só vim entendê-Los, 31 anos após esses fatos.    

Quando a sra. teve noção de que era  Nossa Senhora que a chamara à fonte d’água, em Vila do Carmo?
Embora eu fosse muito pequena, a beleza daquela figura com o Menino Jesus não deixou dúvida de que era a Mãezinha, pois lá em casa tínhamos a doutrina familiar e sabíamos da existência da Sagrada Família.
Como era sua vida no tempo da primeira aparição?
Eu e meus 11 irmãos morávamos, praticamente, em meio à mata virgem e ali crescemos no meio de muitos perigos, inclusive serpentes venenosas, mas nunca fomos picados, graças aos Anjos. Nós plantávamos lavoura, mas a geada implacável matava parte da plantação e, por isso, não tínhamos o suficiente para a alimentação e para o vestuário. Pés no chão e sobre o gelo, íamos para a escola e para a igreja, mas éramos alegres e felizes. Falávamos apenas a língua polonesa, assim como todas as famílias da região que vieram da Polônia. Meu pai se transformou num alcoólatra e passou a agredir nossa mãe e a todos que a ajudavam. Tudo ficou tão sério que ela não podia mais dormir em casa e tinha que passar as noites no mato gelado. Muitos de nós, por medo ou por pena, lhe fazia companhia. Acabamos vendendo a terra e dividindo o dinheiro com papai, que não quis nos acompanhar e morreu logo depois, aos 54 anos, de câncer.  Na terra nova, tínhamos comida e paz. Eu já estava com 11 anos. Trabalhamos e pagamos a terra, mas não tínhamos o papai. Na escola, quando alguém pronunciava a palavra pai, nossa mente parecia voar, mas não o alcançava.
Quando a sra. fez sua primeira comunhão?
Aos sete anos, em outubro, na Capela de Nossa Senhora do Carmo, na diocese de Frederico Westphallen-RS. Quem ministrou o sacramento foi o padre Luizinho Sponquiado.  Eu tinha sete anos e era a menor entre 52 alunos de quatro catequistas. Uma vez por mês, o padre nos  ministrava a catequese. Ele era muito carinhoso e competente. Mas já estava velho e partiu para o Céu. No dia que recebemos Jesus sacramentado, fomos consagrados a Nossa Senhora e receemos o Escapulário. Neste momento, eu senti o Abraço Celeste.
Como é a Pessoa de Nossa Senhora?
Magnífica! Ela é serena e linda, aparenta ter apenas 17 anos. Sua pele é rosada e macia. Seus olhos são verdes. O olhar, profundo e sério, não esconde o semblante simpático e carinhoso. O cabelo castanho claro vai até os ombros e sua estatura é de aproximadamente 1,65m, seus braços e dedos são alongados. Esbelta, aparenta muita leveza, com o véu branco e longo. O tecido azul esverdeado do seu manto longo e largo aparenta certa consistência  As vestes têm detalhes de branco dourado. Seu coração, envolto em rosas brancas, parece explodir em chamas douradas. O menino, em sua mão esquerda, aparenta sete meses e é lindo com seus olhos azuis brilhantes. Suas vestes brancas têm bordas douradas. Seus braços parecem prontos para o abraço.
O que Nossa Senhora pede para a sra. fazer, ultimamente?
Após 31 anos, Ela veio do mesmo jeito que A vi pela primeira vez. Apenas o local era diferente: a cidade de Ijuí-RS, na rua cortada pelos trilhos do trem, onde acontecia muitos acidentes. Uma semana antes de Nossa Senhora descer lá, o trem chocou-se contra o carro de uma família e todos os cinco ocupantes perderam a vida. Naquele local, após 18 anos, erguemos, a pedido Dela, uma Gruta e o Cruzeiro,onde está situado o  terceiro Santuário da Eterna Aliança ou do Arco-Íris. Nossa Senhora tem pedido, também, a recitação do Rosário; a Via-Sacra e, sobretudo, a Santa Missa. A prática dos Sacramentos, a preparação para o Batismo; obediência aos mandamentos de Deus; zelo pela natureza e por Suas Grutas
O que representa o Arco-Íris, tão presente nas aparições de Nossa Senhora?
O Arco-Íris é o sinal da Aliança de Deus com todo o Universo. Deus nos criou e promete estar conosco, sempre. Deus deseja que façamos aliança com Ele pelo Batismo e tenhamos vivência nos sete sacramentos. Jesus fundou Sua Igreja sobre os Sacramentos. Por isso, metade da aliança somos nós. 
O que é a Arca, da qual a sra. teve uma visão,  ao lado de Nossa Senhora?
A Arca da Aliança é a Lei Divina, os Mandamentos. A Igreja é de Deus e é a maior instituição. Por isso, a Lei e  a ordem. A Arca é a esposa o Arco-Íris. Ele no firmamento e Ela na Terra. O dois completam a Grande Obra de Deus.
A sra. tem idéia do porquê de Nossa Senhora  aparecer em tantos lugares diferentes?
Ela, própria, nos fala que é a Mãe de todos e quer nos ajudar. O mundo é imenso e as boas lições, às vezes, não chegam aonde deveriam chegar. Por isso, a Mãe - que é a Arca da Aliança e a Estrela do Arco-Íris - vê as necessidades de seus filhos. A humanidade está se perdendo em modas e vícios. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas o inimigo quer desfigurar a beleza e fazer a humanidade perder a dignidade.
Por que a sra. recebe mensagens como a Serva da Mãe de Deus e como Oráculo do Senhor?
É pela Divina Providência, mesmo. Nada por mérito próprio, pois sou normal como todas as outras pessoas, com defeitos e virtudes.  E, principalmente, porque, a partir da minha insignificância, não saberia construir uma beleza  como este Mistério Sagrado e Bíblico. Nosso Senhor desceu com o Arco-Íris(Apc 10, 1-3). Oráculo do Senhor porque Nossa Senhora disse-me que a Potência do Altíssimo é quem dá as últimas revelações. São o Rei Supremo, a Trindade Santíssima,as profecias verdadeiras. Deus fala e faz(oráculo). 
A sra. se submete à autoridade da Igreja de Roma?
Sim! Nossa Senhora é Mãe da Igreja e está lá no Vaticano como coluna viva da própria Igreja. Como Rainha, Ela quer que o perfume da Aliança se espalhe em toda a Instituição pelo mundo. Eu sou apenas a sua serva, segundo as Suas próprias palavras quando me chamou, junto à fonte, e me tocou a fronte e disse: Salve, Minha Pequena Serva!  Desde o início das revelações, em 31 de outubro de 1979, a Virgem Maria encaminhou-me ao pároco Frei Eduardo Reginatto, da Matriz de São Geraldo, da cidade de Ijuí-RS. Este sacerdote foi muito zeloso e carinhoso, sem deixar de tratar o assunto com seriedade. Ele deu-me assistência espiritual por muitos anos, mas depois proibiu-me de falar com ele e Deus mudou a mim e toda a minha família para a cidade de Montenegro-RS.
                                                                         A Serva Nana e parte de sua família diante do
                                                                         Santuário de Sobradinho-DF. FOTO: GILBERTO NASCIMENTO
                                                                         A Fonte do Arco-Íris no Santuário de 
                                                                         Sobradinho –DF. FOTO: GILBERTO NASCIMENTO
                                                                          O santuário da Eterna Aliança de Sobradinho-df fica 
                                                                           em local privilegiado pela natureza                       



ETERNA ALIANÇA
Santuário de Sobradinho revela presença de Nossa Senhora

Imagens de Hóstia, Cálice, do Rosário, de figuras humanas e cenas bíblicas são vistas o olho nu, na gruta do horto florestal

Por José Edmar Gomes
Quem passa pelas imediações do Horto Florestal de Sobradinho não imagina que, depois da mata que cerca o lugar, se esconde um tesouro. Ali, às margens de uma nascente em meio à mata ciliar, está situado o Santuário da Eterna Aliança, por inspiração de Nossa Senhora do Arco-íris.
O local é de rara beleza natural, com flores e vegetação exuberantes que escondem a singela capelinha e a serena gruta adornada por pedras, onde corre água cristalina. É nesse ambiente que Nossa Senhora do Arco-íris continua a manifestar-se à missionária Nana (serva de Nossa Senhora, como ela gosta de ser chamada), que cuida do local desde sua fundação, em 31 de outubro de 1994).
Domicília Viegas, a Nana, é uma senhora de voz mansa e aparência frágil, que traz no rosto a preocupação de quem carrega as dores do mundo, a partir do momento em que foi encarregada pela Mãe de Deus de divulgar Suas mensagens e advertências aos cristãos dos dias de hoje.
Tudo começou em um sítio de Vila Caiçara, em Frederico Westphalen-RS, quando Nana tinha apenas três anos. Ela era a décima filha de uma família de 12 irmãos, cujos pais eram humildes agricultores católicos. Ao buscar água na fonte, num certo dia de maio de 1948, aconteceu o primeiro fenômeno.
Ao deitar a vasilha na lâmina d’água de espessura de dois metros, a pequena Nana fora arrastada para o fundo e, imediatamente,resgatada por uma bela criança, que sorriu para ela e desapareceu. Tempos depois, Nana compreendeu que se tratava do seu Anjo da Guarda.
No dia 8 do mesmo mês, Nana se depara com a aparição que iria marcar sua vida para sempre. Quando se encontrava no pátio da casa, brincando com os irmãos, entre 17 e 18 horas, a futura missionária - e apenas ela – vira um clarão na direção da fonte e foi atraída para lá por uma força inexplicável.
Quando deu por si, já estava à beira da fonte, sobre a qual pairava a majestosa figura da Virgem Santíssima, trajando vestido branco brilhante, sob manto azul e véu, que descia e se fundia às “nuvens” em que se transformaram as águas da fonte.
A Santa Senhora trazia uma criança em seu braço esquerdo e um arco-íris adornava sua cabeça. Ela estendeu a mão direita e chamou a pequena Nana para Si, tocou sua fronte e disse: Salve, Minha pequena serva!
Neste momento, o grito de Helena, irmã de Nana, que a procurava, interrompeu o colóquio. Antes, porém, Nossa Senhora mergulhara Sua pequena serva na fonte para molhar suas roupas e fazer parecer que ela brincara com água.
Após esse dia, sua mãe passou olhá-la de forma diferente, com mais preocupação e a rezar o terço com mais freqüência.
Gruta – Após esses episódios, nada mais aconteceu até que Nana fizesse a primeira comunhão e sentisse um forte abraço, no momento de sua consagração a Nossa Senhora do Carmo. A família se mudara, então, para Tenente Portela, onde Nana se casou aos 18 anos e foi morar em Porto Alegre e, depois, em Ijuí, onde deu à luz a terceira filha.
A uns cem metros da casa de Nana, em Tenente Portela, passava um rodovia cortada pela estrada de ferro. Ali ocorriam freqüentes acidentes. No último deles, Nana viu uma família de cinco  pessoas perder a vida.
 E foi justamente ali, acima da rodovia, que Nossa Senhora voltou a aparece a sua “pequena serva”. A Virgem pediu a Nana que construísse uma capela na cidade, rezasse o terço e registrasse Suas mensagens por escrito. Após isso, nenhum acidente grave voltou a ocorrer no local.
Nessa época, Nana se recuperava da cesariana e passava o dia apenas com sua filha recém-nascida, pois seu marido saia para trabalhar e as outras crianças iam para a escola.
Ela cuidava da casa e costurava para ajudar no orçamento. Os seus dias, no entanto, eram preenchidos pela amável presença da Virgem, que a ajudava nos afazeres da cozinha e, depois, a encaminhava ao quarto, onde rezavam diante do oratório.
“Nossa Senhora rezava o Credo pausadamente, professando fé na Santíssima Trindade, e, depois, o Pai Nosso. Eu rezava a Ave-Maria e o Glória. Ela inclinava a cabeça com profundo respeito”, revela Nana. 
A missionária explica que estas visitas eram freqüentes e, invariavelmente, seguidas pela súplica: “Filha, preciso de ti”, por três vezes. “Ao se elevar aos Céus, Nossa Senhora deixava um imenso clarão no ambiente, que gostaria que nunca se dissipasse, pois me trazia sensações muito agradáveis”, confessa a hoje missionária.Apesar de se sentir confortável com as visitas de Nossa Senhora à sua casa, a missionária não sabia o que fazer para atender as súplicas da Mãe de Deus, pois não se julgava apta para tanto. “Eu não tinha estudo, só freqüentei escola até a sexta série, pouco conhecia das aparições de Fátima, de Lourdes e pouco lia a Bíblia”, explica.
Pedra bruta – “Quando a Luz desaparecia, eu me via só com minha pobreza material e espiritual, não entendia o que se passava. Eu era uma pedra bruta, embora fosse católica praticante, não sabia o que fazer”.
Nas próximas aparições, a Virgem já veio chorando e repetia a súplica com voz, cada vez, mais cansada, deixando Nana em grande aflição. “Até que um dia, Ela veio banhada em grossas lágrimas e repetiu, por três vezes, : ‘Filha, preciso de ti’ e começou a se elevar . Eu me sentia mortificada e, antes que Ela se retirasse, encontrei forças para dizer: ‘Mãezinha, a Sra. é a Mãe de Deus, eu sou apenas uma mãe de família. Tenho que cuidar dos filhos e do marido. Não tenho voz, sou muito tímida’...”
Nana afirma que Nossa Senhora ouvira suas palavras, pacientemente, como se já soubesse de tudo e disse: “Deem-me o primeiro passo e Eu vos ajudarei”. (“Assim, mesmo, no plural”, observa a missionária).
Nana respondeu, então: -Se é assim, Mãezinha, aqui estou. “Nesse instante, sua expressão mudou, as lágrimas secaram e o manto, que estava todo molhado, também secou e Ela se elevou aos Céus, sorrindo. Este foi o meu Sim à Mãe de Deus”.
Tempos depois, em oração, a missionária foi envolvida por uma chama muito quente. Após o que, sua voz mudou para melhor e ela pôde se dirigir com segurança às pessoas. 




                                                        O Segundo Santuário da Eterna Aliança fica no Horto Florestal de Sobradinho-DF
                                                        , onde a Serva Nana convida todos à oração. FOTO: GILBERTO NASCIMENTO                                   

Ministério a serviço da Virgem do Arco-íris

A menina Nana, que vivia com sua família nos arredores da Vila do Carmo, distrito de Frederico Westphallen, no Rio Grande do Sul, viveu uma experiência extraordinária, antes mesmo de completar três anos.
Exatamente no di a 8 de maio de 1948, uma nuvem brilhante ao extremo a atraiu à fonte que servia água potável a sua casa e a colocou frente a frente com a Virgem Maria e o Menino Jesus, em meio às sete cores do arco-íris.
A Mãe de Cristo, então, tocou a fronte da menina e disse: “Salve Minha Pequena Serva!”. 
O que poderia ser um sonho ou uma fantasia de criança permaneceu com clareza na mente de Nana, desde então, como algo que ainda seria revelado.
Depois de vencer a pobreza, o frio, a fome e perder o pai precocemente, a menina Nana, agora a senhora Domicília Viegas, casada e mãe de filhos, se vê na cidade de Ijuí-RS, onde, a partir de 31 de outubro de 1979, recebe constantes visitas da Virgem, que com ela reza e de Quem recebe a freqüente  admoestação: “Filha, preciso de ti”.
Sem acreditar que teria forças para atender a missão que a Virgem queria lhe confiar, Domícia relutava e sofria, todos os dias, até que não suportou mais ver a Mãe de Cristo aos prantos, implorando o seu Sim,  e entregou-se de  corpo e alma ao Ministério de Nossa Senhora do Arco-Íris, Protetora dos Aflitos e Rainha da Paz, o qual trabalha para construir  a grande Arca da Eterna Aliança, divulgando as mensagens da Mãe de Cristo e construindo templos em locais determinados por Ela, como os de Vila do Carmo, em Frederico Westphallen; o do Horto Florestal, em Sobradinho-DF e o de Ijuí-RS.
Este Jornal – Abelhinha do Senhor – é um veículo que pretende registrar, divulgar e levar o mais longe possível (em breve, também, pela internet) as mensagens da Virgem Maria e contribuir para a construção deste Ministério, cuja definição e propósitos são explicados pela Serva de Nossa Senhora, Domicília Viegas, a Nana, nos textos a seguir.


Imagem de Nossa Senhora do Arco-Íris, Protetora dos Aflitos e Rainha da Paz, pintada pela serva Nana, tal qual foi vista, em 8 de maio de 1948, na fonte de Vila do Carmo